Cada vez mais os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) – recibos de empresas negociadas no exterior – estão chamando a atenção do investidor brasileiro, principalmente daqueles que desejam diversificar sua carteira de investimento. Esse cenário vem sendo notado, principalmente, após 2020, quando ocorreram algumas mudanças nas regras da Bolsa de Valores. A partir dessa data, foram liberadas as negociações de BDRs por investidores comuns – até então, esse tipo de investimento era restrito aos chamados “investidores qualificados”, ou seja, aqueles que possuíam acima de R$ 1 milhão investido. Com as novas regras, o investimento em empresas de outros países se tornou amplamente acessível, aumentando significativamente as alternativas de investimento dos brasileiros.
Na prática, as ações dessas empresas são compradas e depositadas por um custodiante no exterior. Esse custodiante emite recibos atrelados às ações depositadas para serem negociados na Bolsa de Valores do Brasil, a B3. Esse processo permite que o investidor brasileiro invista indiretamente em empresas de outras Bolsas pelo mundo.
Existem os BDRs Patrocinados e os BDRs Não Patrocinados. Quando os BDRs são comprados por uma instituição depositária, é essa instituição que garante que o BDR comprado no Brasil tenha uma contrapartida em uma ação no exterior. Nesses casos, quando todo esse processo ocorre de forma autônoma, os BDRs são conhecidos como Não Patrocinados.
Já, quando todo o processo é feito pela própria empresa internacional emissora das ações, os BDRs são chamados de Patrocinados e possuem três níveis:
O Relatório de BDRs da B3, divulgado recentemente, apresenta dados que mostram a relevância que esse tipo de investimento tem gerado na Bolsa de Valores brasileira. Segundo o levantamento, atualmente o número de investidores deste ativo é de aproximadamente 400 mil. Para se ter uma ideia, em dezembro de 2019 (antes da pandemia) era de apenas 2,9 mil. Além disso, as pessoas físicas respondem hoje por 25,7% da participação na posição em custódia e 15,5% no volume negociado.
Outro fator importante analisado pelo Relatório da B3 é o volume financeiro que envolve os BDRs, que passou de R$ 5,1 bilhões em 2019, para mais de R$ 91,4 bilhões em 2021 e, este ano, já atingiu os R$ 66,5 bilhões. O estudo também mostra que o índice BDRX, de BDRs Não Patrocinados e que mede o desempenho de uma carteira hipotética de BDRs, tem valorização (+316%) acima do Ibovespa (+112,7%) desde 2014.
Com esse quadro, os BDRs de grandes empresas tornam-se uma boa opção de investimento para quem deseja ampliar sua carteira. “Ao investir no exterior por meio de BDRs, a pessoa física tem vários benefícios, como: diversificação internacional, acesso às maiores empresas do mundo, exposição a companhias que geram lucro em dólar, recebimento de dividendos e proteção contra o risco-Brasil. Além disso, pode fazer tudo pela corretora brasileira, sem precisar abrir conta lá fora”, comenta o Analista de Investimentos da Toro, João Freitas. A corretora, inclusive, possui uma carteira de BDRs que pode ser acessada gratuitamente.
A equipe da Toro também reuniu os melhores BDRs para garantir um investimento mais diversificado a seus clientes, incluindo diferentes companhias internacionais. Confira os BDRs mais negociados na Bolsa no mês de julho, considerando os últimos 12 meses (julho de 2021 a julho de 2022):
| Empresa | Código | % do total negociado |
| Tesla | TSLA34 | 16,4% |
| Mercado Livre | MELI34 | 13,3% |
| GOGL34 | 5,3% | |
| Meta-Facebook | M1TA34 | 5,0% |
| Alibaba | BABA34 | 4,6% |
| Apple | AAPL34 | 4,5% |
| Microsoft | MSFT34 | 4,2% |
| Amazon | AMZO34 | 3,7% |
| Nvidia | NVDC34 | 3,3% |
Para facilitar o investimento nos Brazilian Depositary Receipts, os analistas da Toro fizeram uma análise completa do contexto econômico atual e também das perspectivas econômicas para o futuro. A equipe de especialistas selecionou os melhores BDRs para investir hoje em uma carteira diversificada. Para conhecer todas os ativos recomendados e começar a investir agora mesmo, baixe gratuitamente o relatório da Toro clicando aqui.
(Redação – Investimentos e Notícias)
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