O Banco do Brasil anunciou recentemente uma novidade para o público com necessidades visuais: um cartão de crédito com todas as informações em braile.
Segundo a instituição financeira, o primeiro cartão físico faz parte da iniciativa da empresa em tornar mais acessíveis os serviços financeiros para os mais de 506 mil brasileiros que dependem desse tipo de recurso.
A acessibilidade para pessoas com deficiência visual ainda é uma grande lacuna no setor financeiro. Embora haja adaptações em agências bancárias e aplicativos, ainda são necessárias muitas outras adaptações.
O cartão de crédito físico do BB conta com todas as informações necessárias para o uso adequado por pessoas com deficiência visual. Com ele, a pessoa pode dispor de todas as vantagens e benefícios que um cartão de crédito possui.
Desenvolvido em parceria com a Valid, o produto está disponível no app do banco para quem se declara deficiente visual. O novo modelo conta com número completo, CVV, nome, data de validade e bandeira impressas em linguagem apropriada para deficientes visuais – tanto para uso físico quanto digital.
Além disso, o card vem acompanhado por um porta-cartão e um folder com instruções escritas em braile e em caracteres ampliados, o que garante a acessibilidade não só para os brailistas, mas também para pessoas com baixa visão.
“Desde 2009, procuramos suprir a demanda por autonomia desse público. Fomos inspiração para a legislação vigente, que hoje garante o direito das pessoas com deficiência visual de receberem cartões de crédito adaptados”, afirma Keka Ferrari, gerente executiva de Soluções em Meios de Pagamentos e Serviços do BB.
Vale lembrar, que a iniciativa do Banco do Brasil ajuda a diminuir as dificuldades enfrentadas pelo público cego no acesso aos serviços financeiros. Inclusive, o novo cartão mostra um avanço significativo, porém, ainda há muito o que ser superado.
Ainda de acordo com o BB, o lançamento do cartão firma o compromisso do setor financeiro com a inclusão e a acessibilidade. Entretanto, com a medida, espera-se que outras instituições tornem esses serviços cada vez mais inclusivos aos brasileiros.