O Ibovespa encerrou o dia em alta, atingindo novos recordes históricos e se aproximando dos 144 mil pontos. Esse movimento foi impulsionado principalmente pela expectativa de redução das taxas de juros nos Estados Unidos nesta semana, enquanto dados sobre a atividade econômica no Brasil aumentaram as apostas de corte na taxa Selic no início de 2026.
O índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,9%, fechando em 143.546,58 pontos, um novo recorde de fechamento. Durante o dia, atingiu 144.193,58 pontos, renovando também o recorde intradiário. Na mínima, registrou 142.292,21 pontos, com um volume financeiro de R$17 bilhões.
O Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve divulgará na quarta-feira a decisão de política monetária, com expectativas de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa atual, que está entre 4,25% e 4,50%. O resultado da reunião será acompanhado por projeções econômicas e uma coletiva de imprensa do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 também fechou em alta, renovando máximas históricas, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA caiu para 4,0356%.
No Brasil, a expectativa é de que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 15% ao ano. Investidores estarão atentos ao comunicado da decisão, buscando sinais sobre os próximos movimentos em relação à atividade e inflação no país.
O IBC-Br, indicador do Banco Central que sinaliza o PIB, mostrou uma retração de 0,5% em julho em comparação com o mês anterior, superando a previsão de queda de 0,2%. A pesquisa Focus também indicou uma redução nas projeções para a inflação deste ano e para a Selic em 2026.
Analistas destacam que os indicadores de atividade apontam para uma desaceleração consistente com o atual ciclo de política monetária. Esse cenário, aliado à expectativa de cortes de juros nos EUA, valorização do real frente ao dólar e melhora nas projeções de inflação, reforça a perspectiva de início do ciclo de corte da Selic pelo Copom no início de 2026.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciará sua decisão na quarta-feira, após o fechamento do mercado.
Economistas destacam que os riscos aumentaram para um corte antecipado ainda em 2025, caso ocorra uma valorização mais expressiva da taxa de câmbio ou uma desaceleração mais acentuada da atividade. Por outro lado, uma revisão no hiato do produto pelo Banco Central em direção a uma atividade mais aquecida poderia atenuar os riscos de uma flexibilização antecipada.
(Com Reuters)
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