O Ibovespa alcançou sua quinta alta consecutiva nesta terça-feira, atingindo novos picos em cinco meses, superando os 131 mil pontos. A JBS destacou-se com um aumento de quase 18% após avanços nos planos de listar suas ações nos Estados Unidos.
O principal índice do mercado acionário brasileiro subiu 0,49%, fechando em 131.474,73 pontos, após atingir 131.834,32 pontos na máxima e 130.721,97 pontos na mínima do dia. O volume financeiro totalizou R$21,26 bilhões.
Especialistas associam a tendência positiva na bolsa a uma rotação global de portfólio e à expectativa de que o pico da Selic possa ser menor do que o previsto ou que o Banco Central possa começar a reduzi-la mais cedo.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deve aumentar a taxa básica de juros do país em 1 ponto percentual, conforme sinalizado pela instituição, elevando a Selic para 14,25%, o maior nível em quase uma década.
O foco estará no comunicado que acompanha a decisão, a ser divulgado no final do dia.
O economista Álvaro Frasson, do BTG Pactual, acredita que o Copom tem a tarefa de manter uma comunicação firme, renovando ou não as próximas decisões da política monetária. Ele prevê um aumento de 1 ponto na quarta-feira, seguindo o direcionamento prévio, e mais duas altas de 0,5 ponto, citando a forte desancoragem das expectativas de inflação.
O Federal Reserve também anunciará sua decisão de política monetária na quarta-feira, com o mercado esperando a manutenção dos juros na faixa de 4,25% a 4,50%. Investidores devem focar nas projeções econômicas.
Willian Queiroz, da Blue3 Investimentos, comentou que o mercado brasileiro fechou na expectativa das decisões de juros nos EUA e no Brasil, embora os movimentos nas taxas já estejam precificados.
Nos EUA, agentes financeiros buscam entender o comportamento da economia nos próximos meses em meio a um ambiente de juros, avaliando os riscos de uma recessão.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou com queda de 1%.
(Com Reuters)
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