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Banco Central Sinaliza Novo Ajuste na Selic em Maio em Meio a Incertezas Econômicas e Inflação Alta

  • 25/03/2025 - 08h20
  • Atualizado 8 meses atrás
  • 4 min de leitura

A decisão do Banco Central de indicar um novo ajuste na taxa básica de juros apenas na próxima reunião de política monetária, em maio, e deixar passos seguintes em aberto considerou a incerteza no cenário, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Diante da elevada incerteza, optou-se por indicar apenas a direção do próximo movimento”, afirmou a autoridade monetária no documento.

De acordo com a ata, esse foi um dos três elementos que guiaram a decisão da semana passada na qual o BC seguiu o ritmo já previsto de aperto nos juros ao elevar a Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, e indicou um ajuste de menor magnitude na reunião de maio se confirmado o cenário esperado.

Em outro ponto, a autarquia julgou que, em função do cenário adverso para a dinâmica da inflação, era apropriado indicar que o ciclo de alta nos juros não está encerrado.

Por fim, em função das defasagens do ciclo monetário em curso, o Comitê também avaliou ser apropriado comunicar que o próximo movimento, de maio, seria de menor magnitude.

Em relação à atividade econômica no Brasil, o Copom avaliou que dados referentes aos últimos meses seguem sugerindo uma incipiente moderação do crescimento, em linha com seu cenário-base.

“Alguns indicadores mais recentes, como de serviços, indústria ou população ocupada têm indicado moderação de crescimento após extraordinária resiliência no mercado de trabalho e na atividade econômica”, afirmou.

A autarquia ponderou que “persiste a parcimônia nas conclusões” sobre o passado, sujeito a revisões e sazonalidades; o presente, com dados mistos que não são uníssonos em uma direção; e o futuro, já que se antecipa um forte crescimento agrícola no primeiro trimestre com possíveis desdobramentos para outros setores.

Canais Desobstruídos

Um fator também avaliado para sentir o efeito do aperto monetário, o documento menciona uma redução no ritmo das concessões de crédito e uma elevação nas taxas de juros dos financiamentos.

No entanto, em meio a questionamentos de analistas sobre programas do governo de estímulo à atividade e ao crédito, o BC enfatizou a necessidade de se manter os canais de política monetária desobstruídos e sem elementos mitigadores para sua ação.

“A política monetária atua por diferentes canais, dentre eles o crédito, fazendo com que o volume de empréstimos reaja às condições financeiras e às expectativas, à medida que avaliações sobre o futuro impactam o consumo e o investimento correntes”, afirmou.

Nesse sentido, o BC defendeu que para o cumprimento de seu mandato e convergência da inflação à meta com menores custos, a política monetária deve ser capaz de atuar sem impedimentos em todos os canais.

A ata apontou que o cenário de inflação de curto prazo segue adverso no país, ressaltando que a convergência à meta de 3% torna-se mais desafiadora com expectativas desancoradas para prazos mais longos e “exige uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado”.

A autarquia fez alertas sobre preços de serviços, que tiveram aceleração em meio a um aquecimento da atividade econômica, de bens industrializados, impactados pelo movimento do câmbio, e de alimentos, que estão elevados e tendem a se propagar para outros itens por conta da inércia vista no país.

No documento, o BC apontou que incertezas em torno de políticas nos Estados Unidos já restringem novos investimentos e têm impacto sobre expectativas e inflação, com parte dessa deterioração do cenário já começando a se materializar.

Ao destacar que seu cenário-base segue sendo de desaceleração gradual e ordenada da economia norte-americana, o BC citou dúvidas sobre possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho, elevação de tarifas e alterações importantes em preços relativos decorrentes de reorientações da matriz energética.

(Com Reuters)

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