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Banco Central Europeu Considera Pausa na Flexibilização Monetária em Abril em Meio a Incertezas Comerciais e Fiscais

  • 06/03/2025 - 16h41
  • Atualizado 1 mês atrás
  • 2 min de leitura

Autoridades do Banco Central Europeu (BCE) veem uma chance cada vez maior de uma pausa em seu ciclo de flexibilização monetária em sua próxima reunião, em abril, antes de as taxas de juros voltarem a cair uma vez que haja maior clareza sobre as políticas comercial e fiscal, disseram quatro fontes.

O BCE cortou as taxas de juros nesta quinta-feira, conforme esperado, mas a presidente Christine Lagarde se recusou a repetir sua mensagem anterior de que a trajetória em direção a juros mais baixos está clara, causando certa confusão entre investidores.

As fontes que falaram após a reunião disseram que veem uma pausa em abril como uma possibilidade clara, que alguns deles discutiram informalmente durante os intervalos da reunião de dois dias.

No entanto, as fontes, que representam tanto o campo mais brando como o mais agressivo na política de juros no Conselho do BCE, concordaram ser improvável que o banco central mantenha sua taxa de depósito em 2,5% e que mais cortes são necessários, pelo menos com base nas informações disponíveis hoje.

Um porta-voz do BCE não quis fazer comentários.

Principais variáveis que influenciam a decisão

  • A política comercial: Se os Estados Unidos impuserem tarifas sobre a União Europeia, isso aumentará as chances de mais cortes, possivelmente até mesmo a partir de abril.
  • Retaliação por parte da União Europeia: Torna o cenário mais incerto, elevando o risco de estagflação.
  • Planos de gastos da Alemanha: Se avançarem, devem aumentar o crescimento e a inflação, tornando menos provável um corte em abril.

As fontes acrescentaram que a redação final do novo guidance do BCE, de que os juros seriam “significativamente menos restritivos”, foi o resultado de um meio termo alcançado antes da reunião.

Alguns queriam manter uma referência anterior à política monetária “restritiva”, o que significa que os juros eram altos o suficiente para restringir o crescimento econômico. Outros defenderam a remoção dessa palavra.

(Com Reuters)