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Banco do Brasil (BBAS3) Despenca 15% Após Resultados Fracos e Revisão de Previsões para 2025

  • 16/05/2025 - 10h41
  • Atualizado 6 meses atrás
  • 3 min de leitura

As ações do Banco do Brasil desabaram quase 15% nos primeiros negócios desta sexta-feira, após resultado bem abaixo das previsões no mercado, com o banco de controle estatal suspendendo várias previsões sobre o desempenho em 2025.

Às 10h22, os papéis do BB caíam 14,12%, a R$25,25, a maior queda do Ibovespa, que recuava 0,99%. Na mínima até o momento, a ação marcou R$25,02, piso intradia desde 22 de janeiro, com queda de quase 15%, equivalente a uma perda de R$23 bilhões em valor de mercado.

“Pior do que se temia”, escreveram analistas do BTG Pactual em relatório sobre o balanço, que mostrou lucro líquido ajustado de R$7,37 bilhões, uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A média das estimativas de analistas compiladas pela LSEG apontava lucro de R$9,23 bilhões.

O BB relacionou o desempenho pior no primeiro trimestre, bem como a suspensão de previsões, ao agravamento da inadimplência de parte da carteira de agronegócios acima do esperado em 2025 e à vigência das novas regras contábeis.

A margem financeira bruta do BB caiu 7,2% ano a ano no primeiro trimestre, a R$23,9 bilhões, com alta de 10,7% na despesa esperada e queda de 35,3% na recuperação de crédito.

O BB afirmou que o custo do crédito foi influenciado, principalmente, pela continuidade da dinâmica agravada da carteira de agronegócios, cuja inadimplência alcançou 3,04%, de 2,45% no quarto trimestre do ano passado e 1,19% um ano antes.

Em teleconferência com analistas nesta sexta, o vice-presidente de gestão financeira do BB, Geovanne Tobias, afirmou que dados de abril ainda demonstram uma resiliência da inadimplência do agro.

Ele afirmou, contudo, que o banco acredita que medidas de judicialização, protesto e cobrança, aliadas à geração de renda maior no campo por safra recorde, devem conseguir controlar a inadimplência no agro no segundo semestre.

A piora no resultado, porém, foi além do agro. Em pessoa física, o índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 5,10%, de 4,66% no final do ano passado e 4,77% um ano antes, enquanto na pessoa jurídica subiu a 4,06%, de 3,51% em dezembro e 3,19% um ano antes.

Reações do Mercado

  • O Bradesco BBI cortou a recomendação das ações para neutra, atribuindo a decisão às mudanças contábeis e à revisão do guidance, acrescentando que “as preocupações com a qualidade dos ativos aumentaram, com deterioração de todos os segmentos”.
  • “De acordo com nossas novas estimativas, esperamos agora um ROE de 17% para 2025, o que, considerando o custo de capital próprio do banco de 17%, parece precificado de forma justa”, acrescentaram em relatório a clientes.
  • O retorno sobre o patrimônio (ROE) caiu a 16,7%, de 20,8% no trimestre imediatamente anterior e 21,7% um ano antes.
  • O BTG manteve a recomendação de compra para os papéis, citando o patamar de preço das ações, mas também destacou que a mudança nas regras contábeis sugere que o BB não tem um ROE recorrente/sustentável acima de 20%.

(Com Reuters)

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