Mercado

Bradesco faz primeira tokenização de ativo financeiro

  • 16/01/2023 - 15h58
  • Atualizado 2 semanas atrás

O Bradesco anuncia a conclusão de sua primeira operação piloto de tokenização de um ativo financeiro. A transação, realizada em conjunto com a Bolsa OTC Brasil, foi a emissão de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) no valor de R$ 10 milhões, tornando-se a primeira transação de tokenização do mercado financeiro regulada pelo Banco Central, segundo a instituição. O Bradesco atuou como originador e distribuidor dos títulos.

Esse movimento mostra o interesse do Bradesco no mercado cripto, uma vez que “tokenizar” significa transformar ativos físicos ou produtos do mercado financeiro tradicional em criptoativos registrados em blockchain, uma espécie de livro contábil digital que serve de base para projetos de criptomoedas

A efetivação da transação aconteceu dentro do sandbox regulatório do BC, ambiente em que entidades são autorizadas pelo Banco Central do Brasil para testar projetos inovadores nas áreas financeira ou de pagamento, observando um conjunto específico de disposições regulamentares que amparam a realização controlada e delimitada de suas atividades. “A operação piloto tem um caráter inovador para o Bradesco, ao transformar ativos físicos ou produtos financeiros tradicionais em ativos digitais. Continuamos trabalhando e testando os benefícios da tecnologia blockchain utilizando o seu ecossistema de inovação, o Inovabra, para que novas operações sejam disponibilizadas aos nossos clientes”, afirma o diretor executivo do Bradesco, Edson Moreto.

A Cédula de Crédito Bancário é um título de crédito que pode ser expedido por pessoa jurídica ou física tendo como favorecido uma instituição bancária como jura de pagamento, consequente de uma operação de crédito, seja qualquer modalidade. De modo geral, a CCB é utilizada para formalizar a existência de um empréstimo e comprovar que ele será pago.

Para o CEO da Bolsa OTC Brasil, Paulo Oliveira, “a primeira tokenização de uma CCB dentro do ambiente regulado do Banco Central do Brasil ocorre em um momento decisivo para o desenvolvimento do mercado de ativos digitais no país e no mundo, destacando ainda mais a sofisticação e o poder inovador do sistema financeiro brasileiro”.

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