Dólar Hoje: Moeda Americana Fecha em Alta Acima de R$5,75 com Preocupações Tarifárias dos EUA e Política Monetária no Brasil - Investimentos e Notícias Dólar Hoje: Moeda Americana Fecha em Alta Acima de R$5,75 com Preocupações Tarifárias dos EUA e Política Monetária no Brasil - Investimentos e Notícias
Mercado

Dólar Hoje: Moeda Americana Fecha em Alta Acima de R$5,75 com Preocupações Tarifárias dos EUA e Política Monetária no Brasil

  • 27/03/2025 - 17h21
  • Atualizado 8 meses atrás
  • 4 min de leitura

Após oscilar em margens estreitas durante o dia, o dólar fechou a quinta-feira em alta e novamente acima dos R$5,75, com o real perdendo valor junto com outras divisas pares, como o peso mexicano e o peso chileno, em meio a preocupações dos investidores com os efeitos da política tarifária dos Estados Unidos.

O dólar à vista fechou em alta de 0,44%, aos R$5,7580. No ano, porém, a divisa dos EUA acumula baixa de 6,81% ante o real.

Às 17h03 na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,15%, aos R$5,7505.

Na véspera o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% para importações de veículos, ampliando a guerra comercial entre países.

A medida pressionou o peso do México e o dólar do Canadá — dois dos principais parceiros comerciais dos EUA, inclusive no setor automotivo –, mas acabou influenciando negativamente também outras moedas, como o real e o peso do Chile.

Após marcar a cotação mínima de R$5,7226 (-0,18%) às 9h02, logo após a abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,7721 (+0,69%) às 10h19.

A expectativa de altas menores da Selic nos próximos meses, conforme alguns profissionais, também era um fator de alta para o dólar, em meio à leitura de que uma taxa básica Selic não tão elevada diminui a atratividade do Brasil para os investimentos estrangeiros.

Por outro lado, autoridades do Banco Central deixaram claro, pela manhã, que há necessidade de continuação do aperto monetário, em função das expectativas de inflação fora da meta.

“Entendemos que o ciclo (de alta de juros) precisa se estender, mas, devido às incertezas, em menor magnitude. A gente consegue informar um horizonte só até a próxima reunião (de política monetária) sobre o que estamos pretendendo fazer”, disse o presidente do BC, Gabriel Galípolo.

O BC elevou na semana passada a taxa Selic em 100 pontos-base, para 14,25% ao ano, e indicou um ajuste de menor magnitude na reunião de maio.

Neste contexto, após atingir a máxima no meio da manhã, o dólar se reaproximou da estabilidade e se manteve assim até a reta final, quando voltou a subir, confirmando a segunda elevação diária consecutiva.

O movimento ocorreu ainda em um contexto de preocupações com o novo programa do governo Lula para impulsionar o crédito consignado. Uma das leituras é a de que, enquanto o governo impulsiona o consumo com o consignado por um lado, o Banco Central tenta reduzir o ritmo da economia por outro, para conter a inflação.

“Isso está pegando também no câmbio. Se olharmos, estávamos falando de um dólar a R$5,66 há alguns dias e agora estamos com a moeda em R$5,75”, pontuou Lucélia Freitas Aguiar, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “A medida do governo traz incertezas.”

No início da tarde, durante coletiva de imprensa em Brasília, Galípolo afirmou ainda que a autarquia não tem nenhuma intenção de alterar sua atuação na rolagem de swaps cambiais. Há meses o BC tem rolado os swaps programados para vencer nos meses seguintes, tirando eventuais pressões sobre as cotações.

Galípolo argumentou que o BC não costuma fazer “movimentos de duas alavancas ao mesmo tempo”.

“Estamos em um ciclo de alta (da Selic) e a gente não gosta de fazer (outros movimentos), porque a gente quer perceber como vai se dar o processo de desdobramento”, afirmou.

Às 17h30, no exterior o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,34%, a 104,280.

(Com Reuters)

Mercado

Expectativas de Inflação no Brasil para 2025 e Projeções Econômicas Mantidas com Ajuste no Dólar Hoje

Os agentes financeiros veem agora a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro da banda superior da meta perseguida pelo Banco Central, mostrou nesta segunda-feira pesquisa Focus realizada pela autoridade monetária brasileira junto a uma centena de economistas. A expectativa dos agentes agora é de que o IPCA encerre 2025 em […]

Mercado

Grupo Toky Reduz Prejuízo e Anuncia Aumento de Capital com Nova Emissão de Ações

O Grupo Toky reportou na noite de domingo prejuízo líquido atribuível aos controladores de R$342 mil no terceiro trimestre, contra um prejuízo de R$22,4 milhões um ano antes. Conforme o balanço publicado pela empresa, anteriormente chamada Mobly, a receita operacional líquida mais que dobrou para R$339,8 milhões no terceiro trimestre ante R$150,9 milhões no mesmo […]