O dólar oscilou em margens estreitas nesta terça-feira e encerrou o dia praticamente estável ante o real, numa sessão de liquidez reduzida e agenda esvaziada, em que os investidores pouco se movimentaram à espera de novidades sobre o tarifaço dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana à vista fechou com leve alta de 0,04%, aos R$5,5671. No ano, a divisa acumula baixa de 9,90%.
Às 17h03 na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil – cedia 0,09%, aos R$5,5790.
O dólar alterou altas e baixas em diferentes momentos da sessão sem um gatilho forte o suficiente para que os agentes alterassem suas posições.
Tanto no Brasil quanto no exterior os investidores aguardavam por novidades sobre as negociações dos Estados Unidos com seus parceiros comerciais, a pouco mais de uma semana do início da cobrança de tarifas sobre produtos de vários países, em 1º de agosto.
Nesta terça, fontes disseram que as perspectivas de um acordo comercial provisório entre a Índia e os EUA antes de 1º de agosto diminuíram. Já o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse que usará todo o tempo disponível para fechar um acordo com os EUA.
A falta de novidades concretas nas negociações foi vista também no Brasil, em meio às dificuldades do governo Lula em negociar com os EUA.
A principal barreira é a exigência do presidente dos EUA, Donald Trump, como contrapartida à tarifa de 50% aos produtos brasileiros, do fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Com o cenário nebuloso à frente, os investidores pouco se movimentaram: após registrar a cotação máxima de R$5,5916 (+0,48%) às 11h19, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,5523 (-0,23%) às 13h12.
No exterior, o dólar recuou ante uma cesta de divisas fortes e ante a maioria das demais moedas. Às 17h13, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,46%, a 97,400.
Leilão do Banco Central
- Pela manhã o Banco Central vendeu a oferta total de US$600 milhões em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) para rolagem dos vencimentos de 4 de agosto.
(Com Reuters)