Os estoques de milho dos Estados Unidos ficarão mais apertados do que o esperado antes da próxima colheita, informou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) na quinta-feira, elevando sua previsão para as exportações.
Agricultores e comerciantes de grãos temem que as disputas tarifárias do presidente Donald Trump possam prejudicar a demanda por produtos agrícolas americanos, embora as exportações de milho dos EUA tenham sido fortes este ano.
Trump disse na quarta-feira que reduziria temporariamente as pesadas tarifas que acabara de impor a dezenas de países, ao mesmo tempo em que aumentaria ainda mais a pressão sobre a China.
A China é a maior importadora mundial de soja, mas não tem comprado muito milho e trigo ultimamente no exterior.
O USDA reduziu sua previsão de estoques de milho para 2024/25 para 1,465 bilhão de bushels em um relatório mensal, ante 1,54 bilhão em março. Analistas esperavam 1,51 bilhão, de acordo com uma pesquisa.
A agência estimou as exportações para 2024/25 em 2,55 bilhões de bushels, acima dos 2,45 bilhões de bushels do mês passado, e observou que os preços nos EUA estão relativamente competitivos no mercado global.
Os ajustes impulsionaram os contratos futuros de milho na bolsa de Chicago.
O USDA estimou os estoques finais de soja dos EUA em 375 milhões de bushels, em comparação com sua estimativa de março de 380 milhões e as expectativas dos analistas de 379 milhões.
Espera-se que os agricultores americanos plantem a maior quantidade de milho em 12 anos e menos soja neste ano, já que os retornos dos produtores parecem melhores para o cereal.
Antes da colheita, no entanto, os estoques de milho dos EUA devem atingir o menor nível em dois anos, de acordo com o USDA.
A oferta mundial deve cair para o menor nível em uma década em 2024/25.
Além disso, o USDA manteve as projeções de safras de soja e milho do Brasil em 2024/25.
(Com Reuters)
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