Os futuros do milho na bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a subir nesta quinta-feira, com as preocupações com a seca na Argentina e os estoques mais apertados nos Estados Unidos impulsionando os futuros para o nível mais alto em mais de 14 meses, disseram os operadores.
Os futuros da soja também subiram, pairando perto de um pico de seis meses, com os investidores avaliando as perspectivas climáticas para as safras da América do Sul e o impacto da suspensão de alguns embarques do Brasil pela China. O trigo terminou inalterado, depois de subir no início do dia, com o apoio do milho e da soja.
Os participantes do mercado continuam aguardando notícias sobre os planos do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas aos principais parceiros comerciais, o que, se concretizado, poderá abalar os mercados de commodities.
O contrato mais ativo do milho na CBOT subiu 5,5 centavos, a 4,8975 dólares o bushel. Mais cedo, atingiu 4,945 dólares o bushel, o maior valor em um contrato contínuo desde 23 de outubro de 2023.
O trigo CBOT ficou inalterado em relação ao dia anterior, a 5,54 dólares o bushel, também ganhando apoio das preocupações com os danos causados pelo congelamento à safra de trigo de inverno adormecida em partes do cinturão de trigo dos EUA.
Os futuros da soja na CBOT subiram 9,5 centavos, para 10,655 dólares o bushel, com as questões climáticas permanecendo em foco.
No entanto, as preocupações com o clima excessivamente seco, que reduz a safra de soja argentina, podem ser contrabalançadas pelas expectativas de uma safra recorde de soja brasileira, disseram os operadores.
“Estamos cortando o topo do tamanho potencial da safra na Argentina, mas o que o Brasil tem a oferecer vai mais do que compensar isso”, disse Tom Fritz, corretor do EFG Group.
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