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Meta (META) Considerou Desmembrar Instagram em 2018, Revela Julgamento Antitruste nos EUA

  • 15/04/2025 - 14h21
  • Atualizado 2 dias atrás
  • 5 min de leitura

O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, considerou desmembrar o popular aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram em 2018, em antecipação a uma possível análise antitruste, de acordo com um documento exibido em um julgamento em Washington, DC, nesta terça-feira.

O documento foi mostrado durante o segundo dia de depoimento de Zuckerberg em um julgamento de alto risco, no qual a Comissão Federal de Comércio dos EUA busca desfazer as aquisições de ativos valiosos do Instagram e do WhatsApp pela Meta.

“Eu me pergunto se deveríamos considerar a medida extrema de transformar o Instagram em uma empresa separada”, disse Zuckerberg em um memorando discutindo possíveis estratégias sobre como reorganizar a família de aplicativos da empresa de mídia social.

“À medida que crescem os pedidos para desmembrar as grandes empresas de tecnologia, há uma chance nada trivial de que sejamos forçados a desmembrar o Instagram e talvez o Whatsapp nos próximos 5 a 10 anos”, escreveu ele.

O caso, aberto durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, é visto como um teste para as promessas do novo governo de enfrentar as grandes empresas de tecnologia.

“O INSTAGRAM ERA MELHOR”

Zuckerberg testemunhou ainda que a Meta comprou o Instagram porque ele tinha uma câmera “melhor” do que aquela que sua empresa estava tentando construir sob sua marca principal, o Facebook, na época.

O reconhecimento pareceu reforçar as alegações das autoridades antitruste dos EUA de que a Meta havia usado uma estratégia de “comprar ou enterrar” para abocanhar rivais em potencial, manter concorrentes menores à distância e manter um monopólio ilegal.

A declaração foi feita durante o segundo dia de depoimento de Zuckerberg no julgamento em Washington, no qual a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) está tentando desfazer as aquisições da Meta do Instagram e do WhatsApp.

Perguntado por um advogado da FTC se ele achava que o Instagram, em rápido crescimento, poderia ser destrutivo para a Meta, então conhecida como Facebook, Zuckerberg disse que acreditava que o Instagram tinha um produto de câmera melhor do que o Facebook estava desenvolvendo.

“Estávamos fazendo uma análise de construção versus compra” durante o processo de criação de um aplicativo de câmera, disse Zuckerberg. “Achei que o Instagram era melhor nisso, por isso achei que seria melhor comprá-lo.”

Zuckerberg também reconheceu que muitas das tentativas da empresa de criar seus próprios aplicativos falharam.

CRIAR UM NOVO APLICATIVO É DIFÍCIL

“Criar um novo aplicativo é difícil e, na maioria das vezes, quando tentamos criar um novo aplicativo, ele não ganhou muita tração”, disse Zuckerberg ao tribunal.

“Provavelmente, tentamos criar dezenas de aplicativos ao longo da história da empresa e a maioria deles não deu certo”, acrescentou.

O depoimento de Zuckerberg ocorre no momento em que a Meta está se defendendo, anos após a divulgação de declarações delicadas retiradas de documentos do próprio Facebook, como um email de 2008 no qual ele disse que “é melhor comprar do que competir”.

A empresa argumenta que suas intenções passadas são irrelevantes porque a FTC definiu o mercado de mídia social de forma imprecisa e não levou em conta a forte concorrência que a Meta tem enfrentado do TikTok da ByteDance, do YouTube da Alphabet e do aplicativo de mensagens da Apple.

A FTC acusa a Meta de deter o monopólio das plataformas usadas para compartilhar conteúdo com amigos e familiares, sendo que seus principais concorrentes nos Estados Unidos são o Snapchat da Snap e o MeWe, um pequeno aplicativo de mídia social voltado para a privacidade lançado em 2016.

As plataformas em que os usuários transmitem conteúdo para estranhos com base em interesses compartilhados, como X, TikTok, YouTube e Reddit, não são intercambiáveis, argumenta a FTC.

AUMENTO DE ANÚNCIOS

Zuckerberg também contestou a alegação da FTC de que a Meta consegue mostrar mais anúncios aos usuários porque não tem concorrentes, outro pilar fundamental do caso.

Embora os processos antitruste normalmente se baseiem na capacidade de um monopolista de aumentar os preços para os clientes, a FTC destacou a capacidade da Meta de diminuir a qualidade dos aplicativos que os usuários acessam gratuitamente, por exemplo, aumentando o número de anúncios.

Zuckerberg rejeitou a ideia de que mais anúncios equivalem a uma pior experiência do usuário, dizendo que os anúncios nos aplicativos do Meta melhoraram e que seu sistema foi projetado para “mostrar mais conteúdo publicitário para pessoas que gostam de ver conteúdo publicitário”.

A Meta chegou a cogitar a introdução de um feed só com anúncios, sugeriu Zuckerberg ao ser questionado pelo advogado da FTC, Daniel Matheson.

“Acho que já discutimos isso em diferentes momentos, mas não acho que já fizemos isso”, disse Zuckerberg.

(Com Reuters)

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