A Organização Mundial da Saúde cortará custos e revisará quais programas de saúde devem ser priorizados depois que o presidente Donald Trump anunciou que estava retirando os Estados Unidos da agência, disse o diretor-geral da OMS à equipe em um memorando interno.
Trump determinou a medida no primeiro dia de seu segundo mandato na segunda-feira, acusando a agência de saúde da ONU de lidar mal com a pandemia de Covid-19 e outras crises internacionais de saúde.
“Esse anúncio tornou nossa situação financeira mais grave”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no memorando datado de 23 de janeiro. Ele disse que a OMS planeja reduzir significativamente os gastos com viagens e suspender o recrutamento, exceto para áreas críticas, como parte das medidas de economia de custos.
Porta-voz da OMS confirmou que o memorando é autêntico, mas não quis fazer mais comentários.
As Nações Unidas confirmaram na quinta-feira que os Estados Unidos devem se retirar da OMS em 22 de janeiro de 2026.
Os Estados Unidos são, de longe, o maior patrocinador financeiro da OMS, contribuindo com cerca de 18% de seu financiamento geral. O orçamento bienal mais recente da OMS, para 2024-2025, foi de 6,8 bilhões de dólares.
Medidas de Economia de Custos
- Tornar todas as reuniões virtuais por padrão sem aprovação excepcional.
- Limitar a substituição de equipamentos de TI.
- Suspender as reformas de escritórios, a menos que estejam vinculadas à segurança ou a cortes de custos já aprovados.
“Esse conjunto de medidas não é abrangente, e outras serão anunciadas no devido tempo”, diz o memorando, acrescentando que a OMS, com sede em Genebra, fará todo o possível para apoiar e proteger a equipe.
“Como sempre, vocês me deixam orgulhoso de ser da OMS”, finaliza o memorando.