O Departamento de Agricultura dos EUA reduziu suas estimativas para a produção de milho e soja dos EUA mais do que os analistas esperavam em um relatório mensal nesta sexta-feira, trazendo um impulso aos preços dos produtos negociados na bolsa de Chicago.
Os futuros do milho atingiram seu nível mais alto desde maio em Chicago, já que o USDA também projetou que a oferta global do grão cairá para o menor nível em uma década.
A oferta mais restrita reflete a redução da produção dos EUA, maior produtor mundial de milho, e a demanda resiliente de importadores e criadores de aves e suínos, depois que os preços do cereal caíram no verão passado para as mínimas de 2020.
Nos EUA, espera-se agora que fazendeiros e empresas de grãos mantenham a menor quantidade de milho em silos de armazenamento em dois anos, antes que a próxima colheita chegue no final do ano.
O aumento dos preços das safras beneficia os fazendeiros, que lutaram com grandes expectativas de oferta em meio a ameaças tarifárias do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que podem desencadear retaliações comerciais que prejudicariam a demanda de exportação de safras dos EUA.
“Obviamente, vimos alguma deterioração nos rendimentos”, disse Terry Reilly, estrategista agrícola sênior da Marex.
“Este relatório realmente vira o jogo para muitas pessoas que pensavam que continuaríamos a ver um mercado em baixa daqui para frente.”
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