A Telefônica Brasil, que atua no país sob a marca Vivo, segue avaliando potenciais alvos de aquisição de redes de fibra óptica e expansão nas áreas de serviços financeiros, de saúde, educação e eletrônicos, afirmou o presidente-executivo nesta quarta-feira.
“Em fibra, sempre estamos olhando, mas não chegamos a nenhum ativo que possa ser interessante do ponto de vista de presença de rede e sobreposição com a nossa rede”, disse o executivo, em entrevista a jornalistas após a publicação dos resultados de quarto trimestre na noite da véspera.
O executivo citou ainda como critérios de aquisição a qualidade da rede alvo do interesse da empresa versus o custo de construção de infraestrutura própria.
“O mercado tem uma fragmentação muito grande de grupos de fibra. Temos mais de 7 milhões de clientes e menos de 20% de market share, o que nos dá a possibilidade grande de sermos agente consolidador”, disse Gebara.
Questionado sobre o andamento do processo de migração da concessão da companhia para um regime de autorização, que dispensa o grupo de investir em tecnologias como serviços fixos de voz, o executivo afirmou que a empresa está “na formalização final do acordo” anunciado em meados de dezembro com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a União.
Processo de Migração Tecnológica
- A companhia vai começar neste ano o processo de migração dos 1,2 milhão de clientes usuários de serviços de voz em redes de cobre para outras tecnologias.
- “São acessos que vamos ter que dar alternativa (ao cliente), que pode ser a fibra em várias localidades”, disse o presidente da Vivo.
- “Uma vez que migrarmos os clientes teremos a extração e a venda de milhares de toneladas de cobre”, disse Gebara, citando que a migração vai permitir redução do tamanho de centrais de telefonia da empresa, o que deve gerar benefícios que incluem redução ou cancelamento de aluguéis dos espaços para as instalações.
- “O foco é aumento da cobertura móvel, virando a página de um serviço obsoleto e sem demanda que é o serviço de voz”, afirmou o executivo.
(Com Reuters)