Um ataque de artilharia ucraniana matou seis pessoas, incluindo três jornalistas, na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, disse o governador da região nomeado pela Rússia.
Os veículos de mídia envolvidos confirmaram que seus jornalistas foram mortos no ataque. Outra autoridade russa afirmou que os jornalistas foram alvos dos militares ucranianos.
Não houve comentários de autoridades ucranianas.
O ataque matou um jornalista do meio de comunicação russo Izvestia, Alexander Fedorchak, assim como o cinegrafista Andrei Panov e o motorista Alexander Sirkeli, que trabalhavam para o canal de televisão estatal russo Zvezda, de acordo com Leonid Pasechnik, governador nomeado pela Rússia na região de Luhansk.
O Zvezda disse que seu correspondente, Nikita Goldin, ficou gravemente ferido no incidente, que foi descrito como um ataque a um veículo civil.
Alexander Miroshnik, embaixador do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que havia evidências de que os jornalistas haviam sido alvos.
“Cada vez mais detalhes estão surgindo sobre o assassinato desses rapazes, o que aponta para a natureza premeditada e terrorista do ataque a jornalistas e pessoas próximas a eles”, escreveu ele no Telegram.
Agências de notícias russas citaram fontes de segurança dizendo que o ataque foi realizado por um míssil HIMARS fornecido à Ucrânia pelos Estados Unidos.
O Izvestia disse que Fedorchak foi para a região de Luhansk após reportar da área de Kupiansk, na região vizinha de Kharkiv, uma das regiões onde as forças russas fizeram avanços nos últimos meses.
Um repórter freelancer que trabalhava para o Izvestia foi morto na Ucrânia em janeiro.
Quase toda a região de Luhansk foi conquistada pelas forças russas na guerra de mais de três anos entre Moscou e Kiev.
As forças russas se concentraram em capturar o leste de Donbass — composto pelas regiões de Luhansk e Donetsk — depois que sua investida inicial não conseguiu chegar à capital Kiev nos estágios iniciais da invasão.
Luhansk e Donetsk foram anexadas e incorporadas à Rússia, juntamente com outras duas regiões parcialmente controladas pelos russos — Zaporizhzhia e Kherson.
(Com Reuters)
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