O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e seu provável sucessor, Friedrich Merz, prometeram nesta terça-feira não colaborar com a extrema-direita, em discursos ao Parlamento antes das eleições nacionais de 23 de fevereiro.
“Nunca, realmente nunca, faremos causa comum com a extrema-direita”, disse Scholz, acusando Merz de quebrar sua palavra sobre o assunto depois que a Alternativa para a Alemanha (AfD) apoiou sua moção sobre imigração e segurança no mês passado, quebrando um tabu de longa data sobre a cooperação com a extrema-direita.
A AfD está em segundo lugar nas pesquisas, à frente do SPD, de Scholz, com o bloco CDU/CSU de Merz no caminho certo para obter a maior parcela de votos.
Resultados das pesquisas
- O CDU/CSU e o AfD ganharam um ponto cada na última pesquisa de opinião do instituto INSA, ficando em 30% e 22%, respectivamente.
- O SPD caiu meio ponto percentual, chegando a 15,5%.
Todos os partidos descartaram a possibilidade de formar uma coalizão com o AfD, o que significa que as negociações para formar um governo podem se arrastar após as eleições.
“Colaborar com o AfD está fora de questão para nós”, disse Merz em resposta aos comentários de Scholz.
Ele culpou a coalizão tripartite de Scholz, que se desfez em novembro devido a uma disputa sobre gastos, por alimentar a ascensão do AfD ao buscar “políticas de esquerda contra a vontade discernível da população”.