A Itália convocou o vice-embaixador da Rússia nesta terça-feira para protestar contra o que considerou comentários “vulgares” da porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Moscou, Maria Zakharova, que relacionou o desabamento de uma torre em Roma ao apoio militar da Itália à Ucrânia.
Um trabalhador romeno ficou preso sob os escombros após parte de uma torre medieval perto do Coliseu de Roma ceder na segunda-feira. Ele foi retirado com vida, mas morreu no hospital.
Com a operação de resgate ainda em andamento, Zakharova escreveu em seu canal no Telegram que, enquanto o governo italiano “desperdiçar o dinheiro de seus contribuintes” para apoiar a Ucrânia, a economia local e suas torres continuarão a desmoronar.
O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, denunciou a postagem como “perturbadora” e “inaceitável”, acrescentando: “A Itália não alterará sua posição de política externa ou seus princípios em resposta a ataques verbais imprudentes”.
Em uma declaração publicada posteriormente no Facebook, a Embaixada da Rússia em Roma expressou suas condolências pela morte do trabalhador romeno Octav Stroici.
Também afirmou que Moscou havia levantado preocupações com a Itália sobre o que chamou de “campanha agressiva e deplorável contra a Rússia” na mídia italiana, desencadeada pelos comentários anteriores de Zakharova.
A Itália tem apoiado firmemente a Ucrânia desde a invasão em grande escala da Rússia em 2022, fornecendo equipamentos militares, treinamento e ajuda humanitária como parte dos esforços mais amplos da Otan e da UE.
Opinião pública na Itália
- A maioria se opõe à invasão da Rússia e apoia a ajuda humanitária.
- Pesquisas mostram que muitos italianos não se sentem à vontade com o envio de armas ou um aumento do envolvimento militar.
(Com Reuters)