O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta quarta-feira que o país deveria desenvolver ainda mais suas Forças Armadas, incluindo mísseis, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez ameaças de força contra Teerã se o país se recusasse a negociar sobre seu programa nuclear.
Khamenei falou um dia depois que o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, condenou o que ele chamou de “declarações imprudentes e inflamadas” de Trump em entrevistas ao New York Post e à Fox News, nas quais ele disse que preferia fazer um acordo para impedir que Teerã desenvolva uma arma nuclear a bombardear o país.
“O progresso não deve ser interrompido, não podemos ficar satisfeitos (com nosso nível atual). Digamos que anteriormente estabelecemos um limite para a precisão de nossos mísseis, mas agora sentimos que esse limite não é mais suficiente. Temos que seguir em frente”, disse Khamenei, citando a necessidade de focar na inovação das Forças Armadas iranianas.
“Hoje, nosso poder defensivo é bem conhecido e nossos inimigos têm medo disso. Isso é muito importante para o nosso país”, acrescentou ele após visitar uma exposição em Teerã que mostrava os últimos desenvolvimentos no setor de defesa do Irã.
Desenvolvimentos na Exposição de Defesa
- Apresentação de um “drone suicida” movido a jato — munições que pairam sobre os alvos.
- Exibição de imagens de um drone kamikaze lançado por um submarino.
Teerã insiste que seu programa de mísseis balísticos é puramente defensivo, mas isso é visto no Ocidente como um fator de desestabilização em uma região volátil e cheia de conflitos.
Khamenei, que disse na sexta-feira que as negociações com os Estados Unidos “não são inteligentes, sábias ou honrosas”, não fez menção a Trump em seus comentários nesta quarta-feira.