Quando se fala em investir, uma das primeiras decisões que o investidor precisa tomar é entre Renda Fixa e Renda Variável.
A Renda Variável tem ganhado cada vez mais espaço entre os brasileiros, principalmente com o avanço da educação financeira e o fácil acesso às plataformas de investimento.
Mas afinal, o que é Renda Variável? Quais são seus riscos e oportunidades? Neste artigo, você vai entender o que caracteriza esse tipo de investimento, como ele funciona e por que ele pode ser uma excelente opção para quem busca rentabilidade no longo prazo.
O que é Renda Variável?
Renda Variável é um tipo de investimento em que os rendimentos não são previsíveis ou garantidos, pois dependem das condições do mercado.
Diferentemente da Renda Fixa, onde o investidor sabe antecipadamente quanto vai receber, na Renda Variável os ganhos (ou perdas) podem variar ao longo do tempo.
Além disso, nesta modalidade não é possível determinar prazo de vencimento e indexadores. Os ativos oscilam e dependem das condições de mercado.
Dessa forma, não há garantias ou previsão de retorno e por isso possuem um grau maior de risco.
Contudo, apesar da volatilidade, essa modalidade de investimento também pode contribuir para o aumento do retorno financeiro do seu portfólio.
É uma opção geralmente recomendada para quem tem perfil de investidor mais arrojado e pensa no longo prazo.
Quais são os tipos de investimentos de Renda Variável?
Os investimentos em Renda Variável são negociados na Bolsa de Valores. Veja alguns dos tipos mais conhecidos a seguir.
Ações
Uma ação é a menor fração do capital de uma companhia. Elas são emitidas por empresas de capital aberto para captar recursos e sua negociação ocorre em Bolsa de Valores.
As ações tornam seu detentor um acionista da companhia em questão, recebendo parte dos lucros dela.
O valor de cada papel varia de acordo com a oferta e a demanda e é possível obter rentabilidade de dois modos: pelo recebimento de proventos, que são parte do lucro da empresa, ou por meio da valorização das ações entre os processos de compra e venda.
ETFs
O ETF vem do termo Exchange Traded Funds, que é o nome dado aos fundos de índices, que replicam a carteira de determinado índice financeiro com o objetivo de obter um resultado similar.
Suas cotas são negociadas em Bolsa de Valores. Uma das vantagens dos ETFs é permitir que o investidor invista em mais de uma ação ao mesmo tempo, sem precisar comprá-las separadamente.
Fundos Imobiliários (FIIs)
Os Fundos Imobiliários, ou FIIs, são um tipo de investimento em que um grupo de investidores aplica seus recursos financeiros no mercado imobiliário, usados na construção ou na aquisição de imóveis, por exemplo.
Os valores obtidos com as operações são distribuídos proporcionalmente à quantidade de cotas que cada um possui.
Os FIIs também têm suas cotas negociadas na B3, que oscilam de acordo com a gestão do fundo e das condições de mercado.
Câmbio
Nesse caso, cerca de 80% de seus recursos são em ativos relacionados a moedas, como o dólar. Também é possível comprar uma moeda estrangeira para obter ganhos com uma alta da cotação.
Essa é uma opção para diversificar a carteira e até mesmo proteger seus investimentos.
Contratos futuros
Contratos futuros são negociados no pregão da Bolsa com um preço predefinido para uma data futura. Estes contratos podem ser de ativos variados.
Neste tipo de negociação, o comprador e o vendedor firmam um compromisso sobre determinada quantidade do ativo para o futuro, mas independentemente do valor que ele atingir posteriormente, o preço em vigência será aquele do dia em que o contrato foi firmado.
Fundos de Investimento
Existem vários Fundos de Investimento em Renda Variável, como os Fundos de ações, que são os mais comuns.
No caso dos Fundos, o investidor não acessa diretamente o produto financeiro. Ele compra a cota de um fundo e tem acesso a uma carteira de ativos variada, sem a necessidade de comprá-los um a um.
Opções
Opções são contratos que concedem o direito de comprar ou vender um ativo em uma data futura específica e por um preço predeterminado.
São consideradas derivativos, pois seu preço é derivado do ativo em questão.
Criptoativos
Os criptoativos são uma categoria de ativos de moedas digitais. Diferentemente das moedas negociadas em câmbio, estas são emitidas por meio de tecnologia de blockchain e protegidas por criptografia.
Esses ativos são códigos que podem ser transformados em valores. É possível obter rendimento tanto pela venda desses ativos após uma valorização, quanto por fundos de criptoativos.
A Renda Variável é mais recomendada para qual tipo de investidor?
Os investimentos em Renda Variável são indicados principalmente para:
Investidores com perfil arrojado ou moderado
Pessoas que aceitam correr mais riscos em busca de retornos maiores.
Elas entendem que os preços dos ativos podem subir ou cair, e estão preparadas para lidar com essa volatilidade.
Quem busca rentabilidade no longo prazo
A Renda Variável tende a ter melhores resultados com o passar dos anos.
Investidores com visão de longo prazo conseguem diluir riscos e aproveitar o potencial de valorização de ativos como ações e FIIs.
Pessoas com reserva de emergência formada
Antes de aplicar em Renda Variável, é importante ter uma base financeira sólida. Ter uma reserva de emergência em Renda Fixa, por exemplo, pode trazer mais tranquilidade em momentos de instabilidade do mercado.
Quem se dispõe a estudar e acompanhar o mercado
Apesar de existirem formas mais passivas de investir (como ETFs ou Fundos de ações), entender o básico sobre o funcionamento da Bolsa e o comportamento dos ativos pode fazer toda a diferença nos resultados.
Vantagens e desvantagens da Renda Variável
Um dos pontos positivos dos investimentos em Renda Variável é a possibilidade de ganhos maiores em relação à Renda Fixa, dependendo das condições de mercado, além da possibilidade de operar a qualquer hora e escolher o prazo.
O recebimento de proventos, dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP), e a opção de diversificar seus ativos também são vantajosos.
Por outro lado, o grau de risco das operações em Renda Variável é bem maior. Não há garantias e o desempenho dos investimentos depende das condições de mercado, que oscila muito.
Além disso, também é necessário verificar a taxa de cada investimento e da corretora escolhida.
Apesar das questões levantadas, somente o investidor pode determinar quais são as vantagens e desvantagens de acordo com seu perfil e com suas escolhas pessoais.
Como começar a investir em Renda Variável?
Se você é iniciante e pretende começar a investir em ações, FIIs, ETFs, entre outras, trouxemos algumas dicas que podem ajudar nesse processo.
Comece aos poucos
Invista uma pequena parte do seu capital para entender como funciona o mercado e como você lida com as oscilações. Assim, você ganha experiência sem se expor demais no início.
Diversifique sua carteira
Evite colocar todo o seu dinheiro em um único ativo.
Monte uma carteira diversificada com ações de diferentes setores, Fundos Imobiliários, ETFs, entre outros. Isso ajuda a reduzir os riscos.
Tenha paciência e visão de longo prazo
A Renda Variável pode ser volátil no curto prazo, mas tende a se valorizar ao longo dos anos. Evite tomar decisões por impulso diante de quedas momentâneas.
Estude antes de investir
Aprenda sobre os ativos em que você pretende investir. Entenda os fundamentos das empresas, leia relatórios, acompanhe o mercado e busque fontes confiáveis de informação.
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Use ferramentas e aplicativos de análise
Existem diversas plataformas no mercado que ajudam a analisar ações, Fundos e acompanhar sua carteira. Utilize esses recursos a seu favor.
Evite seguir “dicas quentes” sem análise
Não invista apenas com base em recomendações de redes sociais ou amigos. O que funciona para um perfil pode não servir para o seu.
Conte com uma assessoria de investimentos
Um Assessor de Investimentos pode ajudar a montar uma estratégia alinhada ao seu perfil e aos seus objetivos, especialmente se você estiver começando.
Por fim, investir em Renda Variável é uma escolha que exige conhecimento, disciplina e estratégia.
Embora envolva riscos maiores do que a Renda Fixa, também oferece oportunidades reais de crescimento patrimonial, especialmente no longo prazo.
Entender o seu perfil de investidor, diversificar sua carteira e manter uma postura racional diante das oscilações do mercado são passos fundamentais para obter sucesso nesse tipo de investimento.