Fundos DI: o que são e como funcionam?

Fundos DI são uma opção de investimento de Renda Fixa que aplicam a maior parte de seu patrimônio em títulos públicos atrelados à taxa Selic ou em ativos privados de baixo risco, como CDBs e LCIs.

Eles são considerados uma opção para perfis mais conservadores, ou seja, são voltados para quem busca segurança e liquidez, pois costumam render próximo ao CDI, um índice de referência no mercado financeiro.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é um Fundo DI, como funciona, suas vantagens e riscos, além de como investir nesse tipo de título. Continue lendo!

O que são Fundos DI?

Fundos DI são Fundos de Investimento que aplicam a maior parte do seu patrimônio em títulos públicos atrelados à taxa Selic ou em ativos privados de baixo risco, como CDBs e LCIs.

Eles são considerados uma opção conservadora, voltada para quem busca segurança e liquidez, pois costumam render próximo ao CDI, um índice de referência no mercado financeiro.

Por serem de Renda Fixa e terem um desempenho diretamente ligado às taxas de juros do país, os Fundos DI tendem a se sair bem em cenários de juros altos.

Além disso, oferecem liquidez diária em muitos casos, permitindo que o investidor resgate o dinheiro rapidamente.

No entanto, a rentabilidade pode ser afetada por taxas de administração cobradas pelos gestores e pela incidência de impostos, como o Imposto de Renda e o IOF em resgates de curto prazo.

Eles são muito utilizados por investidores que querem preservar o capital e obter um retorno acima da Poupança, sendo uma alternativa interessante para formar uma reserva de emergência ou aplicar recursos temporariamente enquanto buscam outras oportunidades no mercado.

Qual é a diferença entre CDB e Fundo DI?

A principal diferença entre CDB e Fundo DI está na forma como funcionam e na liquidez.

• O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de Renda Fixa emitido por bancos para captar recursos, e o investidor recebe uma rentabilidade acordada no momento da aplicação, que pode ser atrelada ao CDI, à inflação ou a uma taxa prefixada.
• Já o Fundo DI é um Fundo de Investimento que aplica em títulos de Renda Fixa, principalmente em papéis atrelados ao CDI, como CDBs, Tesouro Selic e outros ativos de baixo risco.

Outra diferença importante é a liquidez. Enquanto alguns CDBs oferecem liquidez diária, muitos possuem prazos de vencimento, o que significa que o investidor precisa esperar para resgatar o dinheiro sem perdas.

Já os Fundos DI geralmente permitem resgates a qualquer momento, tornando-se mais flexíveis para quem precisa de acesso rápido ao capital.

Além disso, o CDB tem cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até o limite de R$ 250 mil por instituição e CPF, garantindo proteção contra a falência do banco emissor.

Os Fundos DI, por outro lado, não contam com essa garantia, mas diversificam os investimentos, reduzindo o risco de crédito concentrado em uma única instituição.

Em relação à tributação, ambos sofrem incidência de Imposto de Renda conforme a tabela regressiva, mas os Fundos DI também podem ter taxa de administração, o que pode impactar a rentabilidade final.

Por isso, a escolha entre um CDB e um Fundo DI depende do objetivo de quem investe, do prazo que pretende manter o dinheiro investido e da necessidade de liquidez.

Qual é a rentabilidade do Fundo DI?

A rentabilidade de um Fundo DI está diretamente ligada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é uma taxa muito próxima da Selic.

A maioria desses Fundos busca oferecer um rendimento que acompanhe o CDI, geralmente expressado como um percentual desse índice, como 95%, 100% ou até 105% do CDI, dependendo da eficiência da gestão e das taxas cobradas.

A rentabilidade real do investidor pode ser impactada por alguns fatores, como a taxa de administração cobrada pelo Fundo e a incidência do Imposto de Renda, que segue a tabela regressiva (começando em 22,5% para resgates em até seis meses e podendo cair para 15% após dois anos).

Além disso, se houver resgates em menos de 30 dias, há incidência do IOF sobre os rendimentos.

Quais são os riscos dos Fundos DI?

Os Fundos DI são considerados uma alternativa de investimento de baixo risco, mas ainda apresentam alguns riscos, como:

• Risco de crédito: embora os Fundos DI invistam principalmente em ativos de baixo risco, como títulos públicos e CDBs, existe o risco de calote por parte de emissores privados. Caso um banco ou instituição que emitiu os ativos enfrente dificuldades financeiras, o fundo pode sofrer perdas.
• Risco de mercado: apesar de serem menos voláteis que outras classes de ativos, os Fundos DI ainda estão sujeitos a variações no mercado, especialmente em períodos de instabilidade econômica ou mudanças nas taxas de juros. Essas flutuações podem afetar a rentabilidade do fundo.
• Risco de liquidez: embora muitos Fundos DI ofereçam liquidez diária, em situações extremas de mercado, pode haver dificuldades para resgatar os investimentos sem perdas. Além disso, a liquidez pode variar entre diferentes fundos, dependendo de sua estratégia de investimento.
• Taxas de administração: os Fundos DI cobram taxas de administração que podem impactar a rentabilidade final do investimento. Investidores devem avaliar se a taxa cobrada é justa em relação ao desempenho do fundo.
• Tributação: a incidência do Imposto de Renda sobre os rendimentos pode reduzir a rentabilidade líquida do investidor, especialmente em resgates de curto prazo, onde a alíquota é maior.
• Risco de taxa de juros: se as taxas de juros subirem, a rentabilidade de novos investimentos em títulos pode ser maior do que a oferecida pelos ativos já detidos pelo fundo, resultando em uma performance inferior ao CDI no curto prazo.

Esses riscos, embora mitigados em comparação com investimentos mais arriscados, devem ser considerados ao decidir investir em Fundos DI.

É importante que investidores analisem o Fundo, sua gestão e as condições do mercado antes de aplicar seus recursos.

Como investir no Fundo DI?

Investir em Fundos DI é um processo simples e pode ser feito por meio de algumas etapas.

1. Escolha uma corretora ou banco: primeiro, você precisará de uma conta em uma corretora de valores ou banco que ofereça acesso a Fundos de Investimento. Pesquise instituições que tenham uma boa reputação e ofereçam taxas competitivas.
2. Acesse a plataforma: após abrir a conta, você deve acessar a plataforma de investimentos da corretora ou banco. Normalmente, você pode fazer isso pelo site ou aplicativo.
3. Pesquise Fundos DI: utilize a ferramenta de busca para encontrar Fundos DI disponíveis na plataforma. Analise as informações de cada Fundo, como rentabilidade passada, taxa de administração, e perfil de risco. Muitos sites e plataformas oferecem informações detalhadas sobre cada fundo, o que pode ajudar na sua decisão.
4. Avalie a taxa de administração: verifique a taxa de administração, pois ela pode impactar a rentabilidade líquida. Compare diferentes Fundos e escolha aqueles que oferecem uma boa relação entre rentabilidade e custos.
5. Leia o prospecto: antes de investir, leia o prospecto do fundo. Esse documento contém informações importantes sobre a estratégia de investimento, políticas de risco e outras características.
6. Defina o valor do investimento: após escolher o Fundo, decida quanto você deseja investir. Os Fundos DI geralmente têm um valor mínimo de aplicação, que pode variar de acordo com a instituição.
7. Realize a aplicação: execute a ordem de investimento na plataforma, informando o valor que deseja aplicar. Após a confirmação, o montante será alocado no fundo escolhido.
8. Acompanhe o desempenho: após o investimento, é importante acompanhar o desempenho do ativo periodicamente. Verifique se ele está atingindo suas expectativas em relação à rentabilidade e faça ajustes se necessário.
9. Resgates: caso decida resgatar seu investimento, você pode solicitar o resgate através da plataforma. Os Fundos DI costumam ter liquidez diária, mas é bom verificar as regras específicas de resgate do fundo escolhido.