A caderneta de poupança registrou novo saque líquido recorde para o mês de julho desde o início da série histórica, em 1995. Em julho, os brasileiros sacaram R$ 12,663 bilhões a mais do que depositaram, informou hoje (4) o Banco Central (BC). Os depósitos somaram R$ 290,422 bilhões e as retiradas R$ 303,085 bilhões.
Com o desempenho de julho, a poupança acumula retirada líquida de R$ 63,152 bilhões nos sete primeiros meses do ano. Essa é a maior retirada acumulada para o período desde o início da série histórica.
Em 2022, a poupança registrou captação líquida apenas em maio, quando o fluxo ficou positivo em R$ 3,515 bilhões. Nos demais meses, as retiradas superaram os depósitos, num cenário de alta da inflação e do endividamento, combinado com rendimentos mais baixos por causa dos aumentos da taxa Selic, que tornam outras aplicações de renda fixa mais atraentes.
Em 2021, a poupança registrou retirada líquida de R$ 35,497 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros. A retirada líquida só não foi maior que a registrada em 2015 (R$ 53,57 bilhões) e em 2016 (R$ 40,7 bilhões). Naqueles anos, a forte crise econômica levou os brasileiros a sacarem recursos da aplicação.
(Redação – Investimentos e Notícias)